Tim Tim - O brinde da desgraça

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como queria não ter que pecar por este mal malígno.
O correto seria não merecer mais seu perdão,
ou então morrer com um desprezo tamanho
capaz de me fazer lhe implorar misericórdia.

Nada disso... eu sei.
Tenho consciência que seu amor por mim é tão grande,
talvez maior que um amor próprio que possua.


Sinto pena de mim mesmo, dó, nojo...
Fui tão hipócrita. Porco.
Tudo por princípios? Mas quais princípios?
De uma sociedade. Mas essa sociedade me ama, assim como você?

Já sei a resposta, por favor não complete.
Estou morrendo aos poucos, e quero que seja natural.
Não antecipe minha morte com um tiro em minha nuca,
mereço pagar cada segundo de sofrimento que lhe fiz passar.

'Eu quero seu bem. Não quero te ver infeliz ao meu lado!' -
se eu cortei seu coração com uma frase de efeito,
você acabou com a minha vida nessa.

Engraçado foi como tudo começou...
Parecia ser aqueles romances de folhetins,
que durariam a eternidade.
Pena não ter sido, né?

Não vou me deitar com outros abraços,
muito menos me jogar em outros braços.
Tenho ciencia que buscarei apenas o seu, por um longo tempo.

Termino essa prosa, poema, verso, texto -
ou o que lhe parecer mais romântico -
aos prantos...
Um brinde, a minha nova infelicidade, e ao nosso velho amor.

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