Oswaldo Montenegro - A Lista

quinta-feira, 29 de março de 2012

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

eu quis cantar... ♪

quinta-feira, 15 de março de 2012

e assim se foi. não pense que deixei de te ver naquela noite. eu com um cigarro na mão fazendo meus mais conturbados desejos e sentindo as mais maravilhosas sensações das energias positivas quando me deparo com a porta. você dali saiu, sei que me viu, e aplaudo não ter vindo pra perto. assim evitou algo ruim, algo do fim. com medo de errar, mas com coragem de tentar acertar, eu passei a andar com meus próprios pés no chão. por vezes acabo flutuando, é verdade, pois me sobra inspiração. inspiração que não tenho com quem dividir, a não ser com este velho blog que ainda pulsa.. pulsa.. pulsa.. seu pulsar está tão parado, tão inorbido. quem sabe não apareça algum novo motivo para que essas letras possam voltar a ser corridas.. quem sabe. perdão por perder o fio da meada, onde parei? ah sim, deveria seguir o mesmo conselho. o conselho daquele comentário. talvez só um nome não basta. chega de um nome só. oportunidades foram dadas, não se soube aproveitar, então, chega de chorar pela besteiras consumadas e passe a escrever novas histórias, assim como eu, como pode ler, acabo escrevendo por aqui. tudo bem que são histórias relâmpagos, mas, um dia, quem sabe, não acerte!? algumas protagonistas até se repetem, isso pode ser um bom começo. alias, quando te vi, observei um protagonista antigo seu. tente com ele, oras bolas. já nos ensinamos tudo que poderia ter sido ensinado. e o que não quisemos aprender, não aprendemos. o livro da vida já virou, só que pode ter sido fechado em algum momento. reabra-o e flutue, por vezes, também. não deixarei de lembrar do seu carinho e afeto, como nunca deixei. só que eles não bastam mais para superar a cicatriz que ficou dentro no meu peito, graças aquela estaca que me fora colocada.

... uma canção iluminada de sol ♫

me resumo as minhas músicas agora, que me fazem voar até pelos céus azuis da noite escura do fim dos tempos.

Tiê - A Bailarina e o Astronauta

terça-feira, 13 de março de 2012

Eu sou uma bailarina e cheguei aqui sozinha.
Não pergunte como eu vim,
porque já não sei de mim.
Do meu circo eu fui embora,
sei que minha família chora.
Não podia desistir,
se um dia, como um sonho ele apareceu pra mim.
Tão brilhante como um lindo avião.
Chamuscando fogo e cinzas pelo chão.
De repente como um susto,
num arbusto logo em frente,
aconteceu uma explosão,
afastando a minha gente.
Mas eu não quis ir embora, não podia ir embora.
Como se nascesse ali um amor absoluto pelo homem que eu vi.
Poderia lhe entregar meu coração.
Alma, vida e até minha atenção.
Mas vieram as sirenes e homens falando estranho.
Carregaram meu presente como se ele fosse um santo.
Dirigiam um carro branco e num segundo foram embora.
Desse dia até agora, não sei como, não pergunte, procuro por todo canto.

Astronauta, diz pra mim cade você, bailarina não consegue mais viver.

dias melhores.

domingo, 11 de março de 2012

definir dias melhores não é uma tarefa tão fácil. esses novos caminhos e opções que vem aparecendo são bem ímpares e por isso não se há um parâmetro. a roda gigante continua funcionando, agora com carrinhos novos, mais modernos... porém, um carrinho do passado ficou e parece estar disponível. mas em quanto tempo distante a pessoa consegue mudar a ponto de trollar totalmente aquela química inicial? em quanto tempo dois corações que em uma simples festa mostraram se completar podem muito bem não fazer mais o tipo um do outro? nada mudou. a não ser o ano, as pessoas, as situações... e é com esse nada mudou que talvez faça o não óbvio ser uma mera coincidência e o destino realmente colocar os dois frente a frente de novo, talvez para uma simples valsa, que só dure um ato... ou que essa valsa entre em turnê e dure uma pequena eternidade. enfim. em contra partida veio algo menos óbvio ainda. não fazia ideia de quem era, nem reparado na existência havia. por outro lado, já me observava a quase um semestre inteiro... tempo, tempo, tempo, tempo... seu jeito pouco incomum e desapegado, talvez, acabará me conquistando de forma que esquecesse quem não deveria, quem está em meu caminho para concluirmos uma etapa... quantas dúvidas. quantos recomeçou. e ao mesmo tempo, a mesma vida, a mesma solidão, a mesma promessa de dias melhores.

Mutantes - Panis et Circensis

sexta-feira, 9 de março de 2012

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
As cinco horas na Avenida Central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei plantar
Folhas de sonhos no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar

Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer