Saudades do ombro amigo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Tem pessoas que a gente não esquece, nem se esquecer" ♪

É, meu amigo, realmente é impossível acordar e não lembrar de você. O mais frustrante nisso tudo é saber o valor da nossa amizade, o peso da nossa irmandade e não ter a oportunidade de ressaltar tudo isso.

São anos de amizade, uma história de comédia, drama, tragédia... Enfim, é uma história sem pé nem cabeça, mas com a nossa cara. As vezes me pego lembrando da mesma cena de sempre, antes de me mudar nós sentados no condomínio quando vimos um homem-balão pegando fogo no céu. Acho que foi a última memória surreal que tenho da gente.

Seus conselhos me fazem falta, cara. Me meti em tantos problemas sem fim, e por mais que eu soubesse sair de cada um precisava ter ouvido você dizer: "Não faça. Fica de boa". Uma das poucas pessoas que eu ouvia, e talvez a única certeira. Nunca errou em nenhum conselho, nenhum.

Não queria ter um milhão de amigos, queria apenas ter você por perto novamente. Tipo, a gente caminhando (todo santo dia) das 18h até as 23h, falando sempre as mesmas coisas... Mas era isso que me fazia bem, isso que me deixava forte. Acho que a bateria extra acabou, o garoto brilhante de sempre, astuto e espontâneo se foi para nunca mais...

Sim, eu sei que tenho outros amigos, mais próximos ou mais distantes. Porém, nenhum age como você agia. Todos julgam uma atitude de maneira dissimulada, me prometem apoio, mas também são os primeiros a apontar o dedo na hora das risadas nada engraçadas. Essas coisas fere o coração, sabe?

Acho que é por isso que nunca brigamos, você nunca deu dessas, e vice versa. Sei que o texto ficou gay e os caralhos, mas é o que senti na situação que passei agora pouco (às 12h08).

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